Vou sorrir como as folhas virgens tocadas pela brisa
Dançando no outono da vida e da morte,
Vou subir tão alto quanto uma formiga alpinista da fome
Raptando as folhas das árvores,
Vou empurrar as ondas do mar se necessário for,
Instigar a natureza com certo rancor por sua conduta,
Vou respirar a luz do arco-íris e soprar meus sonhos mais contidos
Na direção dos meus anseios,
Vou colorir se assim é necessário para viver,
Mas sempre com o olhar baixo, vou desconfiar de tudo isso,
Pois é difícil para mim, acreditar que é possível ser feliz.
3 comentários:
Oi Elvis ..bacana esta reflexão..quanto a Felicidade, é um encontro com tudo aquilo que alimentamos internamente..e é possível sim..ela quer existir na sua vida..pode crer nisso!)
Bjão amigo
Boa semana
Roberta
Se existe felicidade não é algo estático como queremos e se está em constante devir então deve ser alegria e não felicidade. O que será então esta coisa que perseguimos sem saber definir? É justamento uma nau fantasma distante da nossa nau que, sem piloto, parece seguir o rumo da tempestade e da brisa. Eu era feliz até descobrir que não era. Despertar é pagar um preço alto para enxergar. Eu espero não estar sendo claro, não quero estes meus olhos pra mais ninguém... pra mais ninguém...
Muito bom Elvis... Ilustra muito bem a inquietação experienciada acredito que por grande parte das pessoas... Há dúvidas a respeito de tudo, não se confia incondicionalmente e por muitas vezes nem com restrições... Enfim, uma ilustração didático-poética dos anseios que assolam o existir de muita gente! Parabéns pelos escritos, sempre belos!
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