22 maio 2011

A felicidade niilista


Vou sorrir como as folhas virgens tocadas pela brisa
Dançando no outono da vida e da morte,
Vou subir tão alto quanto uma formiga alpinista da fome
Raptando as folhas das árvores,
Vou empurrar as ondas do mar se necessário for,
Instigar a natureza com certo rancor por sua conduta,
Vou respirar a luz do arco-íris e soprar meus sonhos mais contidos
Na direção dos meus anseios,
Vou colorir se assim é necessário para viver,
Mas sempre com o olhar baixo, vou desconfiar de tudo isso,
Pois é difícil para mim, acreditar que é possível ser feliz.

3 comentários:

Roberta disse...

Oi Elvis ..bacana esta reflexão..quanto a Felicidade, é um encontro com tudo aquilo que alimentamos internamente..e é possível sim..ela quer existir na sua vida..pode crer nisso!)
Bjão amigo
Boa semana
Roberta

Samuel disse...

Se existe felicidade não é algo estático como queremos e se está em constante devir então deve ser alegria e não felicidade. O que será então esta coisa que perseguimos sem saber definir? É justamento uma nau fantasma distante da nossa nau que, sem piloto, parece seguir o rumo da tempestade e da brisa. Eu era feliz até descobrir que não era. Despertar é pagar um preço alto para enxergar. Eu espero não estar sendo claro, não quero estes meus olhos pra mais ninguém... pra mais ninguém...

Amarildo Damaceno disse...

Muito bom Elvis... Ilustra muito bem a inquietação experienciada acredito que por grande parte das pessoas... Há dúvidas a respeito de tudo, não se confia incondicionalmente e por muitas vezes nem com restrições... Enfim, uma ilustração didático-poética dos anseios que assolam o existir de muita gente! Parabéns pelos escritos, sempre belos!